Amigo,
Espiritismo é caridade em movimento.
Não
converta o próprio lar em museu.
Utensílio inútil em casa será
utilidade na casa alheia.
O
desapego começa das pequeninas coisas, e o objeto conservado, sem aplicação no
recesso da moradia, explora os sentimentos do
morador.
A
verdadeira morte começa na estagnação.
Quem
faz circular os empréstimos de Deus, renova o próprio
caminho.
Transfigure os apetrechos, que lhe
sejam inúteis, em forças vivas do bem.
Retire
da dispensa os gêneros alimentícios, que descansam esquecidos, para a
distribuição fraterna aos companheiros de estômago
atormentado.
Reviste o guarda-roupa, libertando
os cabides das vestes que você não usa, conduzindo-as aos viajores desnudos das
estradas.
Revolva os guardados em gavetas ou
porões, dando aplicação aos objetos parados de seu uso
pessoal.
Transforme em patrimônio alheio os
livros empoeirados que você não consulta, endereçando-os ao leitor sem
recursos.
Examine a bolsa, dando um pouco
mais que os simples compromissos da fraternidade, mostrando gratidão pelos
acréscimos da Divina Misericórdia que você
recebe.
Ofereça ao irmão comum alguma
relíquia ou lembrança afetiva de parentes e amigos, ora na Pátria Espiritual,
enviando aos que partiram maior contentamento com tal
gesto.
Renovemos a vida constantemente,
cada ano, cada mês, cada dia...
Previna-se hoje contra o
remorso de
amanhã.
O
excesso de nossa vida cria a necessidade do
semelhante.
Ajude
a casa de assistência coletiva.
Divulgue o livro
nobre.
Medique os
enfermos.
Aplaque a fome
alheia.
Enxugue
lágrimas.]
Socorra
feridas.
Quando
buscamos a intimidade do Senhor, os valores mumificados em nossas mãos ressurgem
nas mãos dos outros, em exaltação de amor e luz para todas as criaturas de
Deus.
Transcrito do livro “O Espírito da
Verdade”, de Chico Xavier e Waldo
Vieira, com autores diversos.