terça-feira, 14 de abril de 2015

O LIVRO LIBERTAÇÃO E O RESGATE DO PAPA GREGÓRIO IX


    
                                
Libertação, um dos 16 livros da série “André Luiz”, foi psicografado pelo maior médium de todos os tempos: Chico Xavier. Trata-se do relato do espírito Carlos Chagas que, utilizando o pseudônimo André Luiz, descreve a expedição da qual, na companhia de outros dois espíritos Gúbio e Elói, participa diretamente no ano de 1949, com o objetivo de resgatar das Dimensões das Trevas, o espírito Gregório, que se aquartelou naquela “cidade estranha”, onde continuou na condição de Sumo Pontífice, liderando os “Dragões do Mal”, por 700 anos. Quer dizer: sete séculos, Gregório ficou sem reencarnar!
Matilde, sua mãe, domiciliada em Plano Superior, teve que esperar todo esse tempo para dar início ao resgate de Gregório, o Papa Gregório IX, organizador da Inquisição Pontifícia e, por uma ironia do destino, ao mesmo tempo, foi o incentivador da fundação da Ordem dos Franciscanos, já que era amigo e admirador de Francisco de Assis. Que coisa! Amigo do doce “poverello” e autor intelectual da Inquisição, que, na Idade Média espalhou tanto sofrimento! Detalhe: Matilde (nome fictício) foi a maior incentivadora do filho na vida religiosa. Isso aconteceu no final do século XI e meados do século XII. Gregório foi Papa de 1227 a 1241!
Nas Trevas, Gregório acumulava as funções de líder religioso e chefe político, como, aliás, as autoridades eclesiásticas sempre pretenderam.
O fato é que Matilde e Gregório se separaram. Ela ascendeu a Planos Superiores, enquanto Gregório, domiciliado nas Dimensões das Trevas, estacionou no tempo. O espírito não regride, mas pode estacionar indefinidamente.
Foi o que aconteceu com Gregório. Por seu livre arbítrio, ele escolheu se rebelar contra as Leis Divinas, das quais, na condição de sacerdote, jurara ser representante entre os homens.
A pedido de Matilde, três amigos, Gúbio, Elói e André Luiz materializam-se e descem às Trevas para auxiliar no resgate de Gregório. As cenas e os diálogos descritos pelo autor espiritual da obra são de uma beleza sem par. Quando Gúbio quase que esgota os seus argumentos, tentando convencer Gregório a deixar aquela situação na qual se encontrava havia sete séculos, Matilde toma forma, já que se trata de um espírito superior e havia transcendido a forma humana. Valendo-se do material ectoplasmático dos três emissários, ela se materializa de corpo inteiro e se revela ao filho naquele momento. Matilde era o único espírito que Gregório atenderia! Que coisa interessante: espírito materializando-se para espírito ver! Após dialogar demoradamente com o filho, ele desfalece. “Gregório, como que abalado nos refolhos do ser, regressara à fragilidade infantil, em pleno desmaio da força que o sustinha. Finalmente, iniciara a sua libertação”!

Matilde, no entanto, não consegue levá-lo consigo em seus braços. Ela não poderia transportá-lo para onde se encontrava. O superior pode descer ao inferior, mas o inferior não consegue ir ao superior. Isto é da Lei! Gregório, com certeza, encaminhado a uma das muitas Instituições existentes nas proximidades da Crosta, haveria de se preparar para voltar à Terra, depois de 700 anos!

quinta-feira, 2 de abril de 2015

JESUS SE ALIMENTAVA?

                                                    

Até onde eu compreendo a divindade de Jesus, digo que não, Jesus não se alimentava como eu e você, caríssimo leitor. Ou seja, Ele não precisava pegar o alimento, mastigar e engolir. Como o Mestre fazia, então? Jesus, na condição de espírito divino, retirava da própria atmosfera o que o corpo necessitava. Se bem que, em se tratando do Cristo, exatamente por ser divino, é tudo muito difícil da gente analisar com nossos tão pobres conhecimentos. É possível que o corpo dele nem sequer necessitasse de algum tipo de alimento. Veja bem, caríssimo leitor, comer é uma ilusão, mas quem é que possui suficiente espiritualidade para se alimentar apenas de “prana”? Prana é energia vital. Tudo quanto o homem come no mundo é concentração de energia vital, que, a rigor, ele poderia absorver da própria atmosfera, sem, para tanto, ter de abrir a boca para mastigar algo. Entendeu por que Jesus disse que nossa fé é menor que a semente da mostarda?

Só a título de estudo e reflexão, mesmo não defendendo a tese do corpo fluídico de Jesus, apresentada por Roustaing, creio que estamos muito longe de compreender os mecanismos que entraram em ação para que o Senhor assumisse a forma humana. Mas eu me conto entre aqueles que não conseguem conceber que o Senhor tenha ocupado um corpo material absolutamente idêntico ao das criaturas comuns. Lembrando que todos os corpos materiais se estruturam a partir da matéria fluídica que se condensa. Isso significa que o corpo do Cristo era constituído de matéria, porém mais rarefeita. Não esquecendo nunca o que nos deve concentrar os interesses: a assimilação das lições do Evangelho e sua aplicação em nossas vidas.