quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

JESUS E A SESSÃO ESPÍRITA NO MONTE TABOR


A ilustração desta página é uma reprodução de uma das obras mais populares do pintor renascentista Rafael Sanzio (1483-1520), “Transfiguração”, que representa aquela passagem do Evangelho em que Jesus se comunica, em um morro conhecido como Monte Tabor, com os espíritos Moisés e Elias, como está em Mateus, capítulo 17, versículo 3: “E eis que lhe apareceram Moisés e Elias, falando com ele”. Nesse episódio do Evangelho Pedro, Tiago e João, que acompanhavam Jesus, foram testemunhas de um dos fenômenos mais transcendentes de todos os tempos: transfigurado, o Mestre conversa com os espíritos de Moisés e Elias. Interessante observar que o próprio Moisés, que havia censurado o contato com os mortos, conforme se pode ler no Antigo Testamento, no livro "Deuteronômio", capítulo 18, versículo 11, vem ele mesmo revogar a referida proibição, tão evocada por quantos criticam a prática mediúnica no Espiritismo. No Monte Tabor na verdade foi realizada uma das mais belas sessões espíritas da História, organizada e presidida pelo Cristo.
A transfiguração simboliza as três revelações
                         Outra leitura que se pode fazer do episódio da Transfiguração é que simboliza as Três Revelações de Deus: (Moisés – 1ª Revelação) o Moisaísmo, que consolidou a crença em um único Deus; (Jesus – 2ª Revelação) o Cristianismo e, por fim, (o profeta Elias – 3ª Revelação) o Espiritismo, que tem por missão relembrar a Doutrina Cristã, na condição de Consolador Prometido.

E por que apareceram no Monte Tabor, durante a Transfiguração, justamente os espíritos Moisés e Elias, e não outros profetas citados no Antigo Testamento? É que Moisés representa a primeira revelação de Deus aos homens e Elias representa a terceira. Tá, mas onde o Espiritismo entra nessa história? Vamos por partes: Jesus deixou claro em seu Evangelho que São João Batista era a reencarnação do profeta Elias e, para nós espíritas não existem mais dúvidas de que São João Batista/Elias era o Espírito Verdade. Explico melhor: o mentor espiritual (anjo da guarda) de Allan Kardec se identificava e assinava suas mensagens, durante a Codificação da Doutrina Espírita, com o pseudônimo de “Espírito Verdade”, mas isso não foi divulgado para os outros estudiosos, que ficaram sem saber quem realmente era o espírito que se identificava como “Espírito Verdade”, permanecendo essa informação uma incógnita para nós espíritas durante muitos anos. Somente no ano de 2012, o espírito Inácio Ferreira, através da psicografia de Carlos Baccelli declarou com todas as letras: Elias/São João Batista era o Espírito Verdade. Inácio Ferreira explica que, “em essência, Jesus é que era o Espírito Verdade, mas teve como intermediário Elias/São João Batista”. Quer dizer, na codificação do Espiritismo, Elias/São João Batista foi o médium de Jesus junto a Kardec. E é por isso que ele aparece no episódio da Transfiguração, repito como Elias, porque, dezenove séculos depois, coordenaria em espírito todo o trabalho da Terceira Revelação, a vinda do outro Consolador prometido por Jesus, que é a Doutrina Espírita. Mais sublime, impossível!  

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