“As concepções
humanas do belo e do feio são relativas e atreladas ao convencional – a
verdadeira beleza transcende a combinação de cores, notas musicais, traços
físicos... O que se aprecia com os olhos se submete aos olhos de quem vê”.
(Irmão José)
Cada vez me convenço mais de que existe mesmo um
padrão de beleza aceito em todos os pontos do planeta. De acordo com uma
reportagem que li na revista “Superinteressante”, há alguns anos pesquisadores
vasculharam diversas localidades do planeta para conhecer o ideal de beleza de
cada povo. É incrível, mas em muitos pontos, as concepções do belo e do feio
são exatamente as mesmas. Por exemplo: em todos os países pesquisados o padrão
de beleza envolve nariz pequeno e fino, olhos grandes, maçãs salientes, região
entre boca e nariz estreito, queixo proeminente e boca avermelhada.
Interessante que todas essas
características são típicas da raça branca. Por que será? Recentemente, no
programa “Globo Repórter”, da TV Globo, numa reportagem sobre brasileiros na
China, a equipe mostrou um pouco das diferenças físicas e culturais entre os
dois povos, destacando na entrevista uma brasileira e o encantamento dos
chineses com a filha dela, uma garota de 5 anos de idade e com todas aquelas
características físicas acima mencionadas:
grandes olhos claros, pele rosada e boca perfeita, maçãs proeminentes e
nariz bem desenhado.
Zeca de Abreu, diretor da agência de modelos
Marylin, em entrevista à revista “Veja”,
edição de 4 de outubro de 2006, disse que em matéria de beleza perfeita,
o destaque vai para a carinha de boneca das eslavas: olhos grandes e azuis,
nariz pequeno e afilado, boca vermelha e, detalhe essencial, maçãs do rosto
proeminentes.
Será que não existiria mesmo um padrão de
beleza universal? Se existe, a raça branca reuniu na face a maior parte dele. É
óbvio que temos que ter muito cuidado ao analisar essa questão, porque a cultura
e os modismos alteram muito as nossas concepções do belo e do feio. Há bem
pouco tempo os peitos grandes não eram tão valorizados assim aqui no Brasil.
Além disso, precisamos ter o cuidado para não fornecer argumentos à
bestialidade racista. De qualquer forma, e eu sempre desconfiei disso, parece
ser incontestável a existência de um padrão de beleza universal. Nesse caso,
então, a raça branca seria privilegiada? Ou não existem privilégios? O que
vocês acham caríssimo leitor e caríssima leitora?
Vejam bem,
caríssimos: somos espíritos eternos e em nossas multimilenares reencarnações
utilizamos corpos de carne de todas, eu disse todas, as raças. Portanto, não há
privilégio algum em nascer neste ou em outro país. Ser loiro de olhos azuis,
negro, japonês, chinês, árabe, indiano... são experiências necessárias. Assim
como não é privilégio nenhum ser a perfeição das perfeições: sedosos cabelos
escuros e olhos claros. São, repito,
experiências que nós, na condição de espíritos imortais, necessitamos
vivenciar em nossa trajetória evolutiva. Em cada raça, em cada país e em cada
cultura um aprendizado novo. E isso vale também, naturalmente, para as
condições sócio-econômico-culturais. A princesinha de ontem pode ser a pedinte
desdentada dos dias atuais. Assim como o intelectual badalado de hoje pode ser
o analfabeto feioso de amanhã. Tudo depende de como o espírito age quando
desfruta das aparentes vantagens que a vida oferece. A reencarnação é uma Lei
Divina que tem como base o mérito de cada um! Lembrando que, diante de nossas
más tendências, não ser bonito nem muito atraente acaba sendo vantagem do ponto
de vista do espírito eterno, exatamente porque, na maioria das vezes, essas
“desvantagens” é que auxiliarão no crescimento moral. Funcionam como uma
espécie de freio que acaba possibilitando a esses espíritos irem em busca de outros valores e novas posições diante da vida e do mundo.
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