terça-feira, 14 de maio de 2013

BELEZA UNIVERSAL


                                                
“As concepções humanas do belo e do feio são relativas e atreladas ao convencional – a verdadeira beleza transcende a combinação de cores, notas musicais, traços físicos... O que se aprecia com os olhos se submete aos olhos de quem vê”. 
(Irmão José)
                                                                                                          


Cada vez me convenço mais de que existe mesmo um padrão de beleza aceito em todos os pontos do planeta. De acordo com uma reportagem que li na revista “Superinteressante”, há alguns anos pesquisadores vasculharam diversas localidades do planeta para conhecer o ideal de beleza de cada povo. É incrível, mas em muitos pontos, as concepções do belo e do feio são exatamente as mesmas. Por exemplo: em todos os países pesquisados o padrão de beleza envolve nariz pequeno e fino, olhos grandes, maçãs salientes, região entre boca e nariz estreito, queixo proeminente e boca avermelhada. Interessante que  todas essas características são típicas da raça branca. Por que será? Recentemente, no programa “Globo Repórter”, da TV Globo, numa reportagem sobre brasileiros na China, a equipe mostrou um pouco das diferenças físicas e culturais entre os dois povos, destacando na entrevista uma brasileira e o encantamento dos chineses com a filha dela, uma garota de 5 anos de idade e com todas aquelas características físicas acima mencionadas:  grandes olhos claros, pele rosada e boca perfeita, maçãs proeminentes e nariz bem desenhado.
 Zeca de Abreu, diretor da agência de modelos Marylin, em entrevista à revista “Veja”,  edição de 4 de outubro de 2006, disse que em matéria de beleza perfeita, o destaque vai para a carinha de boneca das eslavas: olhos grandes e azuis, nariz pequeno e afilado, boca vermelha e, detalhe essencial, maçãs do rosto proeminentes.
 Será que não existiria mesmo um padrão de beleza universal? Se existe, a raça branca reuniu na face a maior parte dele. É óbvio que temos que ter muito cuidado ao analisar essa questão, porque a cultura e os modismos alteram muito as nossas concepções do belo e do feio. Há bem pouco tempo os peitos grandes não eram tão valorizados assim aqui no Brasil. Além disso, precisamos ter o cuidado para não fornecer argumentos à bestialidade racista. De qualquer forma, e eu sempre desconfiei disso, parece ser incontestável a existência de um padrão de beleza universal. Nesse caso, então, a raça branca seria privilegiada? Ou não existem privilégios? O que vocês acham caríssimo leitor e caríssima leitora?
Vejam bem, caríssimos: somos espíritos eternos e em nossas multimilenares reencarnações utilizamos corpos de carne de todas, eu disse todas, as raças. Portanto, não há privilégio algum em nascer neste ou em outro país. Ser loiro de olhos azuis, negro, japonês, chinês, árabe, indiano... são experiências necessárias. Assim como não é privilégio nenhum ser a perfeição das perfeições: sedosos cabelos escuros e olhos claros. São, repito,  experiências que nós, na condição de espíritos imortais, necessitamos vivenciar em nossa trajetória evolutiva. Em cada raça, em cada país e em cada cultura um aprendizado novo. E isso vale também, naturalmente, para as condições sócio-econômico-culturais. A princesinha de ontem pode ser a pedinte desdentada dos dias atuais. Assim como o intelectual badalado de hoje pode ser o analfabeto feioso de amanhã. Tudo depende de como o espírito age quando desfruta das aparentes vantagens que a vida oferece. A reencarnação é uma Lei Divina que tem como base o mérito de cada um! Lembrando que, diante de nossas más tendências, não ser bonito nem muito atraente acaba sendo vantagem do ponto de vista do espírito eterno, exatamente porque, na maioria das vezes, essas “desvantagens” é que auxiliarão no crescimento moral. Funcionam como uma espécie de freio que acaba possibilitando a esses espíritos irem  em busca de outros valores e  novas posições diante da vida e do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário