Escultura de Moisés pelo artista renascentista Michelangelo.
Você sabia, caríssimo leitor, que os evangélicos se apegam mais aos
preceitos do Velho que do Novo Testamento? No entanto, os eles dizem seguir
Jesus Cristo. Então, porque essa preferência por Moisés? Veja que até os nomes dos
filhos dos crentes, de um modo geral, têm influência dos tempos de Moisés:
Isaac, Benjamim, Salomão, Samuel, Asaf, Ester, Neftali, Rute, Davi, Josué,
Neemias e outros. A coisa já começa por aí. Conhecem detalhes da vida, por
exemplo, de personagens femininas citadas no Antigo Testamento como Débora, Rute
ou Ester, mas Maria, a mãe de Jesus, é solenemente ignorada por nossos irmãos
protestantes e, em alguns casos, desprezada.Os protestantes simplesmente ignoram
Nossa Senhora, não tendo a menor noção de que se trata de um dos espíritos mais
sublimes que já pisaram esse Planeta.
Conhecem
detalhes de passagens de Êxodos, Juízes e Gênesis, assim como às vezes conseguem
decorar trechos inteiros dos Salmos, que são livros do Velho Testamento, mas
simplesmente ignoram as Parábolas de Jesus, e muitos nunca ouviram falar das
Bem-Aventuranças, que são algumas pérolas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo, que devem ser estudas com o máximo de profundidade, de preferência em
grupos, por todos. Afinal, o que somos senão apenas e tão somente aprendizes do
Evangelho?!
Decoram
cada linha do trecho do Deuteronômio, onde Moisés condena a comunicação com os
mortos, mas ignoram solenemente aquela passagem do Evangelho, justamente onde
Jesus se comunica com os espíritos de Moises e Elias, no Monte Tabor, no
episódio da Transfiguração. Interessante aí: é como se Moisés tivesse voltado,
em espírito, para desfazer esse equívoco sobre a mediunidade. Têm o Eclesiastes,
outro livro do Antigo Testamento, na ponta da língua para confirmar a existência
da morte, mas em nenhum momento param para refletir que Jesus provou que a morte
não existe e que o fato de ter permanecido, em espírito materializado, durante
40 dias, após a crucificação, entre os apóstolos foi fator determinante na vida
dos doze, no sentido de espalhar a Boa Nova. Para justificar a cobrança de uma
excrescência, o dízimo, eles citam o tempo todo uma passagem que está em
Malaquias, também do Velho Testamento, mas a passagem evangélica em que Jesus
ordena “dar gratuitamente o que gratuitamente recebestes”, ah, quanto a esse
pormenor, preferem silenciar.
Condenam o
homossexualidade, igualmente baseado no Antigo Testamento, criando um perigoso
clima de intolerância até mesmo entre familiares, incompatível com os ensinos de
Jesus, que eles dizem seguir. Nesse aspecto e em muitos outros, vale destacar o
que está nas páginas luminosas do Evangelho: “Declarou, então, Jesus aos
sacerdotes: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão
no reino de Deus. Porque João veio a vós nos caminho da justiça, e não lhe
destes crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram...” E dá-lhes
Evangelho: “Eu
sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a
não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.” Romanos
14:14.
O Outro
Consolador
Se vós me amais, guardai meus mandamentos; - e eu
pedirei a meu Pai e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneça
eternamente convosco: o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque
não o vê e não o conhece. Mas quanto a vós, o conheceis porque permanecerá
convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu
Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de
tudo aquilo que eu vos tenha dito. Essa passagem evangélica está em São João,
capítulo 14, versículos 15-17 e 26. Aliás, João é o único dos apóstolos que
registrou essa passagem em que Jesus diz claramente que o outro Consolador
relembraria tudo que Ele havia dito, quer dizer, relembraria a sua Doutrina, o
Evangelho, o Novo Testamento, e não o Velho Testamento, como os crentes insistem
equivocadamente, iludindo milhões de fiéis e impedindo que eles conheçam o
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo com a profundidade necessária para a
implantação do Reino de Deus na Terra.
A difícil escolha dos
crentes
Cabe a
você, caríssimo e evangélico leitor, agora devidamente esclarecido, escolher
entre o Moisaísmo e o Cristianismo. Nós espíritas escolhemos ficar com o
Evangelho e os católicos também. Os Judeus rejeitaram o Cristo. Preferiram
Moisés e estão até hoje esperando o Messias. Há dois mil anos, Paulo Apóstolo
teve que fazer essa escolha e ficou com Jesus. Tentar seguir os dois é não
seguir ninguém, pois um anula o outro e é, portanto, fazer a vontade das Trevas.
Moisés ou Jesus? Mas antes de fazer a sua escolha, lembre que Moisés trouxe
apenas os DEZ MANDAMENTOS, mas Jesus trouxe a LEI DEFINITIVA.
Jesus disse que não veio destruir a lei, a lei mosaica, Os 10 Mandamentos. Isso significa que Jesus aceitou os 10 Mandamentos. Portanto, não há por que considerá-los como das "trevas", mas sim leis que serviram para a época - Primeira Revelação, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo -, sendo o Cristo, Jesus, a Segunda Revelação e o Espiritismo a Terceira Revelação. Vide O Evangelho Segundo i Espiritismo: está tudo lá.
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