terça-feira, 3 de março de 2015

EVANGÉLICOS: POR QUE ELES ESTÃO TROCANDO JESUS POR MOISÉS

Escultura de Moisés pelo artista renascentista Michelangelo.

Você sabia, caríssimo leitor, que os evangélicos se apegam mais aos preceitos do Velho que do Novo Testamento? No entanto, os eles dizem seguir Jesus Cristo. Então, porque essa preferência por Moisés? Veja que até os nomes dos filhos dos crentes, de um modo geral, têm influência dos tempos de Moisés: Isaac, Benjamim, Salomão, Samuel, Asaf, Ester, Neftali, Rute, Davi, Josué, Neemias e outros. A coisa já começa por aí. Conhecem detalhes da vida, por exemplo, de personagens femininas citadas no Antigo Testamento como Débora, Rute ou Ester, mas Maria, a mãe de Jesus, é solenemente ignorada por nossos irmãos protestantes e, em alguns casos, desprezada.Os protestantes simplesmente ignoram Nossa Senhora, não tendo a menor noção de que se trata de um dos espíritos mais sublimes que já pisaram esse Planeta.
Conhecem detalhes de passagens de Êxodos, Juízes e Gênesis, assim como às vezes conseguem decorar trechos inteiros dos Salmos, que são livros do Velho Testamento, mas simplesmente ignoram as Parábolas de Jesus, e muitos nunca ouviram falar das Bem-Aventuranças, que são algumas pérolas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que devem ser estudas com o máximo de profundidade, de preferência em grupos, por todos. Afinal, o que somos senão apenas e tão somente aprendizes do Evangelho?!
Decoram cada linha do trecho do Deuteronômio, onde Moisés condena a comunicação com os mortos, mas ignoram solenemente aquela passagem do Evangelho, justamente onde Jesus se comunica com os espíritos de Moises e Elias, no Monte Tabor, no episódio da Transfiguração. Interessante aí: é como se Moisés tivesse voltado, em espírito, para desfazer esse equívoco sobre a mediunidade. Têm o Eclesiastes, outro livro do Antigo Testamento, na ponta da língua para confirmar a existência da morte, mas em nenhum momento param para refletir que Jesus provou que a morte não existe e que o fato de ter permanecido, em espírito materializado, durante 40 dias, após a crucificação, entre os apóstolos foi fator determinante na vida dos doze, no sentido de espalhar a Boa Nova. Para justificar a cobrança de uma excrescência, o dízimo, eles citam o tempo todo uma passagem que está em Malaquias, também do Velho Testamento, mas a passagem evangélica em que Jesus ordena “dar gratuitamente o que gratuitamente recebestes”, ah, quanto a esse pormenor, preferem silenciar.
Condenam o homossexualidade, igualmente baseado no Antigo Testamento, criando um perigoso clima de intolerância até mesmo entre familiares, incompatível com os ensinos de Jesus, que eles dizem seguir. Nesse aspecto e em muitos outros, vale destacar o que está nas páginas luminosas do Evangelho: “Declarou, então, Jesus aos sacerdotes: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus. Porque João veio a vós nos caminho da justiça, e não lhe destes crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram...” E dá-lhes Evangelho: “Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.” Romanos 14:14.
O Outro Consolador
Se vós me amais, guardai meus mandamentos; - e eu pedirei a meu Pai e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e não o conhece. Mas quanto a vós, o conheceis porque permanecerá convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito. Essa passagem evangélica está em São João, capítulo 14, versículos 15-17 e 26. Aliás, João é o único dos apóstolos que registrou essa passagem em que Jesus diz claramente que o outro Consolador relembraria tudo que Ele havia dito, quer dizer, relembraria a sua Doutrina, o Evangelho, o Novo Testamento, e não o Velho Testamento, como os crentes insistem equivocadamente, iludindo milhões de fiéis e impedindo que eles conheçam o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo com a profundidade necessária para a implantação do Reino de Deus na Terra.
A difícil escolha dos crentes

Cabe a você, caríssimo e evangélico leitor, agora devidamente esclarecido, escolher entre o Moisaísmo e o Cristianismo. Nós espíritas escolhemos ficar com o Evangelho e os católicos também. Os Judeus rejeitaram o Cristo. Preferiram Moisés e estão até hoje esperando o Messias. Há dois mil anos, Paulo Apóstolo teve que fazer essa escolha e ficou com Jesus. Tentar seguir os dois é não seguir ninguém, pois um anula o outro e é, portanto, fazer a vontade das Trevas. Moisés ou Jesus? Mas antes de fazer a sua escolha, lembre que Moisés trouxe apenas os DEZ MANDAMENTOS, mas Jesus trouxe a LEI DEFINITIVA.  

Um comentário:

  1. Jesus disse que não veio destruir a lei, a lei mosaica, Os 10 Mandamentos. Isso significa que Jesus aceitou os 10 Mandamentos. Portanto, não há por que considerá-los como das "trevas", mas sim leis que serviram para a época - Primeira Revelação, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo -, sendo o Cristo, Jesus, a Segunda Revelação e o Espiritismo a Terceira Revelação. Vide O Evangelho Segundo i Espiritismo: está tudo lá.

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