No início do século IV,
Roma assume o Cristianismo como religião oficial, quando então, inúmeras
alterações foram realizadas, ao longo dos séculos, até o Evangelho se desfigurar
completamente. São os dogmas, sendo que a criação de cada um deles teve a
influência direta dos espíritos das Trevas.
Circuncisão – a primeira
tentativa de se criar leis falsas para o
Cristianismo
Todo esse processo de
dogmatização começou a partir do ano 325 da era cristã, ainda nos primórdios do
Cristianismo, mas já nos seus primeiro anos houve uma tentativa de se criar
dogmas para a Doutrina do Cristo. Foi quando os judeus tentaram implantar dentro
de um dos primeiros núcleos cristãos, a Casa do Caminho, a obrigatoriedade para
ser cristão, da circuncisão, aquela cirurgia para retirada da pele que recobre a
glande (a cabeça do pênis). Pois muito bem: o apóstolo Paulo bateu o pé e não
permitiu que esse costume dos judeus se tornasse uma exigência também para os
cristãos e que poderia ter sido o primeiro dogma do
Cristianismo. Eram as Trevas tentando se
insinuar. Mas os inimigos do Evangelho não desistiriam assim tão fácil. Outras
tentativas de deturpação continuariam sendo articuladas no decorrer da História.
O Evangelho, a
Doutrina Cristã conseguiu se preservar do dogmatismo em seus quatro primeiros
séculos. Mas como Paulo e outros apóstolos nos primeiros anos do primeiro século
e os outros cristãos nos três séculos seguintes conseguiram resistir ao assédio
das Trevas? Essa é a pergunta-chave para se entender toda essa questão de
fundamental importância para todos nós. É que nos quatro primeiros séculos o
contato com o Mundo Espiritual era uma constante entre os cristãos. A
mediunidade com Jesus era parte da vida, da rotina de todos eles. E, através dos
Bons Espíritos, dos Espíritos do Senhor, eles recebiam (assim como nós espíritas
recebemos) orientações, advertências, comentários sobre o Evangelho e os
episódios da vida do Cristo aqui na Terra e muito mais. Nessa época, os médiuns
eram chamados de profetas e são inúmeras as referências que Paulo faz a eles no
Novo Testamento. Uma prova de que a mediunidade naqueles tempos fazia parte do
corpo doutrinário do Cristianismo.
Concílio de
Nicéia – Onde tudo começou e nada no Evangelho seria como
antes
O Concílio de
Nicéia é um divisor de águas da Doutrina Cristã. A partir dessa reunião de
conciliação nada mais seria como antes. Era a vitória das Trevas sobre a Luz,
confirmando a passagem evangélica, onde Jesus, ao ser preso, como relata Lucas,
no capítulo 22, versículo 53: “Esta, porém, é a vossa hora e o poder das
trevas”. Convocado no ano 325 pelo imperador romano Constantino que, percebendo
as discordâncias entre os cristãos sobre determinados aspectos dos ensinos do
Cristo e até mesmo sobre o próprio Cristo, e que isso poderia atrapalhar seus
planos de poder, convocou os líderes cristãos para uma grande reunião de
conciliação, de onde deveria sair uma linha única a ser seguida por todos. Essa
reunião entrou para a História como o nome de Concílio de Nicéia e representa o
nascimento do Catolicismo.
No livro
“Jornada dos Anjos”, o espírito Lúcius mostra que nessa época existia uma grande
divergência entre os cristãos com dois grupos antagônicos: um que defendia que
Jesus era um homem, filho de Deus e outro grupo que defendia que Jesus era o
próprio Deus. O grupo que defendia que Jesus era o próprio Deus venceu a disputa
já que essa posição ia de encontro aos interesses e à sede de poder do
Imperador. Nascia assim o primeiro dogma do Cristianismo, que aos poucos se
transformaria em Catolicismo: o de que Jesus é Deus. E aqui fica claro como uma
falsa lei, criada por homens na defesa de seus pontos de vista e seus próprios
interesses, foi incorporada ao corpo doutrinário do Evangelho como se fosse uma
verdade absoluta, de origem divina. Mas essa foi apenas a primeira falsa lei.
Muitas outras seriam criadas ao longo da História, de acordo com os interesses
de homens que se esqueceram da promessa do Cristo, a de enviar outro Consolador
para deixar claro o que é de origem humana e o que é de origem divina no
Evangelho.
Jornada dos
Anjos
E para
conhecer mais os bastidores da criação dos dogmas adotados pelas igrejas
Católica e Protestante (de onde derivam todas as igrejas evangélicas), leia o
excelente romance espírita “Jornada dos Anjos”, onde o espírito Lúcius mostra,
de forma romanceada e muito agradável de ler, a ação dos espíritos das Trevas
para desnaturar, através de leis falsas, a doutrina de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Sugiro ainda a leitura de uma das crônicas do escritor espírita Pedro de
Camargo, que assina suas obras com o pseudônimo Vinícius, que faz parte do livro
“Em Torno do Mestre”, com o sugestivo título “A Restauração do Inferno”. Aqui, em
Morrinhos, essas obras podem ser encomendadas na Livraria Espírita Emmanuel.
Telefone: 3416-2144.
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