SERÁ QUE VALE A PENA ORAR PELOS MORTOS?

                

Rezar e orar. Você sabe qual a diferença? Rezar é como se fosse soletrar uma cartilha. Orar é revestir a prece de sentimento. Quem reza repete de memória. Quem ora conversa espontaneamente com Deus. A reza é uma fórmula exterior. A oração é uma introspecção. A prece emite ondas mentais luminescentes. Seria como, dentro do escuro labirinto do cérebro, de repente se acendesse um clarão... Quem ora entra em contato direto, sem necessidade de intermediação, com Deus. E olha que bacana, caríssimo leitor, já está sendo provado cientificamente que a prece atua na intimidade celular, alterando sua constituição e funcionamento.

E será que orar por aqueles que já desencarnaram vale a pena? Está de acordo com os ensinos de Jesus Cristo? Muitos irmãos, de outras religiões, acham que não. Eles alegam o seguinte: o que pudermos fazer pelo próximo deve ser feito enquanto estamos aqui. E aí se incluem as orações. É que depois que o espírito desencarna, eles alegam, as contas dele serão com Deus. Quer dizer, a oração não teria como mudar a situação da pessoa do Outro Lado da Vida. Mas essa é uma interpretação completamente equivocada. Nossos irmãos nem sonham com a complexidade do Mundo Espiritual e o quanto a oração para os chamados mortos, que na verdade estão ainda mais vivos, é de fundamental importância. É tudo de bom. É caridade cristã.

Recusar a oração àqueles que já partiram para O Mais Além revela uma atitude anticristã. É uma atitude típica de pessoas que valorizam mais os dogmas e exterioridades do que o espírito das palavras do Cristo. É preciso fazer ao próximo tudo aquilo que gostaríamos que fizessem para nós. E a oração se insere nessa realidade. O Espiritismo, na condição de Consolador prometido por Jesus, confirma que sim, é muito importante orar para quem já desencarnou. A prece é energia, vibração, poder. A prece é para o espírito desencarnado, principalmente para aquele que se encontra em desequilíbrio ou em desajuste, um verdadeiro bálsamo, reconstituinte espiritual. Além disso, movimenta em seu favor, as forças do bem.

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O ESPIRITISMO, NA CONDIÇÃO DE CONSOLADOR PROMETIDO POR JESUS, CONFIRMA QUE É MUITO IMPORTANTE ORAR PARA QUEM JÁ DESENCARNOU. A PRECE É ENERGIA, VIBRAÇÃO, PODER. A PRECE É PARA O ESPÍRITO DESENCARNADO, PRINCIPALMENTE PARA AQUELE QUE SE ENCONTRA EM DESEQUILÍBRIO OU EM DESAJUSTE, UM VERDADEIRO BÁLSAMO.

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Uma vida equilibrada, a consciência isenta de remorsos e amor ao próximo é que asseguram posição feliz no Mundo Espiritual. Mas a verdade é que poucos, muito poucos se preparam para a volta à Pátria Verdadeira. A ilusão do mundo material é imenso.

Quem ora com fé tem o entendimento aclarado e o coração fortalecido. Segundo o espírito Emmanuel, quando a dor nos “entenebrece os horizontes da alma” subtraindo-nos “a serenidade e a alegria, tudo parece escuridão envolvente e derrota irremediável”, induzindo-nos ao desânimo e insuflando-nos o desespero; todavia, se acendemos no coração “leve flama da prece, fios imponderáveis de confiança” ligam-nos o ser a Deus”.

E finalizo este artigo com uma mensagem de Irmão José, psicografada por Carlos Baccelli, com o sugestivo título: “Quando orares”:

Sempre que orares, lembra-te dos teus desafetos. Daqueles que deves diuturnamente incluir em teus pensamentos de paz. Daqueles que, sem que saibas o motivo, não se afinizam contigo.

Daqueles que te inspiram menor simpatia, no entanto estão sempre cruzando com teus passos. Daqueles com os quais, muitas vezes, nunca dialogaste, mas vivem comentando a teu respeito. Daqueles que te invejam por te suporem ser o que não és. Daqueles que indiretamente feriste e não te oferecem chance de reconciliação. Daqueles que torcem inexplicavelmente pelo teu fracasso. Daqueles, enfim, que, induzindo-te a desmenti-los, te motivam a ser melhor do que és.