segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O QUE SÃO OS ESPÍRITOS?



Somos espíritos imortais! Mas, afinal o que é o espírito? De que substância ele é constituído? Será que ele tem forma determinada? Teria aparência humana? O que você acha caríssimo leitor? Na questão número 88 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec pergunta se os espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante? Os Mensageiros de Jesus respondem: “Aos vossos olhos, não. Aos nossos, sim. Eles são, se o quiseres, uma chama, um clarão ou uma centelha etérea”.
Em nossa condição evolutiva, o espírito desencarnado se apresenta sim com a forma humana, quase sempre com a aparência física que  teve na última encarnação. Mas o que os médiuns videntes e clarividentes vêem não é o espírito propriamente dito. O que eles vêem é, na verdade, o corpo espiritual ou perispírito. O perispírito é semimaterial, está submetido às leis de transformação e se ressente das influências do corpo de carne.
No Evangelho de Jesus, há uma passagem que mostra, de forma clara, não só a imortalidade da alma, como a sua individualidade após a morte do corpo. Trata-se da Transfiguração. Essa passagem do Evangelho mostra o encontro de Jesus com os espíritos de Moisés e Elias. Isso aconteceu no Monte Tabor na presença de Pedro, Tiago e João. Moisés e Elias tinham sido homens de carne e osso e agora retornavam do Mundo Espiritual com a aparência humana, como está em Mateus, capítulo 17, versículo 2.
Paulo de Tarso faz referência ao corpo espiritual ao escrever: “Também há corpos celestiais e corpos terrestres”. Em outra passagem do Evangelho Paulo diz: “Semeia-se corpo material, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo material, há também corpo espiritual”. Quer dizer, o espírito desencarnado não é uma abstração, mas realidade palpável. A morte é, portanto, apenas uma troca de roupagem, uma mudança de dimensão de vida. O espírito conserva os conhecimentos e sentimentos, além do poder de  manter a aparência física, podendo assim ser identificado pelos que o conheceram na terra.
O espírito é criado simples e ignorante. Isso significa que ao nascer não sabe nada. Mas terá que aprender. E isso se dá através das experiências vividas por ele mesmo. Eis aí a necessidade da evolução árdua, trabalhosa e de duração quase infinita. Algumas pessoas argumentam: Por que esse espírito, que nasce da centelha divina perfeita, não é desde logo perfeito? Afinal, um filho é sempre da mesma natureza, família, gênero e espécie que seu pai e sua mãe. Não há dúvida que sim. Como não há dúvida de que o espírito é da mesma natureza e essência de Deus. No entanto, o que nasce da planta é uma semente, que terá que se desenvolver e aprender. Assim também foi estabelecido para o espírito: que ele fosse criado “simples e ignorante” para então, por si mesmo, desenvolver-se e passar por um completo processo de elaboração em cada um dos reinos: mineral, vegeta, animal e hominal.  Quando tivermos mais maturidade compreenderemos e teremos a confirmação: “Tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo, até o arcanjo, que também começou por ser átomo”, como está na resposta da questão 540 de “O Livro dos Espíritos”.
Outro esclarecimento importante: à medida que o espírito vai se desapegando da vida material, vai se conscientizando de sua origem divina e das Leis perfeitas que regem a vida, ele vai se desapegando da vida material e, vivendo em harmonia com as leis de Deus, progride mais rápido e passa a ocupar corpos cada vez mais aformoseados e conquista o mérito de habitar mundos mais felizes. Nesse processo quase infinito de evolução, o espírito torna seu corpo espiritual cada vez mais iluminado até se transformar em Espírito de Luz. Quer dizer, em espírito que não mais carrega a forma humana, como são os seres angelicais. Assim somos todos nós, filhos de Deus, criados simples e ignorantes, mas com aptidão para estar aprendendo constantemente até a conquista da Pureza e da Perfeição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário