Você já ouviu
falar em estigmas? São os sinais da crucificação do Cristo, que alguns cristãos
do passado apresentavam. São sinais ou marcas muito semelhantes às feridas de
Jesus Cristo no Calvário. Diversos cristãos do passado foram estigmatizados,
apresentando todas as marcas ou apenas algumas delas. É um fenômeno pouco
conhecido e não existe uma resposta definitiva sobre o assunto. Seja como for,
o fato não é novo na historiologia dos cristãos. São Francisco de Assis, Santa
Rita de Cássia, Verônica Giuliani, Maria Madalena de Pazzi, entre tantos
outros, conhecidos ou não, receberam, em parte ou na totalidade, esses estigmas
da configuração extrema do Cristo no calvário.
Mais
recentemente, outro cristão, Chico Xavier, também foi estigmatizado. Ele
apresentava as feridas de Jesus Cristo na cabeça e nos pés. Entendeu, caríssimo
leitor, porque ele insistia tanto em usar peruca? Não é por vaidade não, como
todos pensávamos. É discrição, humildade, porque Chico sabia que nem todos
tinham condições de compreender o fenômeno e poderiam santificá-lo, o que sua
humildade, sincera e verdadeira, não permitiria.
A Transposição dos Sinais
Na madrugada
de uma terça-feira, dia 09 de agosto de 1966, Chico Xavier recebeu a
transposição dos sinais dos espinhos da coroa do Cristo na própria cabeça dele.
O fenômeno pode ser nomeado como incorporação de sinais e marcas do Cristo,
mais conhecido como estigmas. Os estigmas surgiram pela primeira vez em Chico
Xavier naquela data, repito, em 1966, para desaparecer em seguida. Os estigmas
retornariam mais tarde, de forma definitiva, obrigando o médium a ocultar os
sinais em sigilo absoluto. Muito mais tarde, décadas após, os sinais surgiram
também nos pés desse que podemos chamar de apóstolo do bem e herói da caridade.
Poucos,
pouquíssimos espíritas, mesmo entre aqueles que conviveram mais de perto com o
médium, sabiam disso. Mas a um casal de amigos (Lineu e Elenir) Chico permitiu,
certa vez, que testemunhassem o fenômeno dos estigmas nos pés: sobre o peito de
cada um, uma chaga se havia aberto. E aí explicou para eles: -“Esses dias todos
eu tenho pensado muito em Jesus e, de tanto pensar nele, no episódio de seu
sacrifício na cruz, essas duas feridas apareceram em meus pés. Peço a vocês não
dizerem nada a ninguém. Poucos seriam capazes de entender. Eu não sou nada”.
Quer dizer, por seu imenso amor a Jesus, à semelhança de outro Francisco, o de
Assis, Chico também foi estigmatizado! E
apenas permitiu que pouquíssimos ficassem sabendo.
Trata-se de assunto pouco divulgado pelos biógrafos
do Chico. Mas a verdade é que os estigmas ocorreram nos pés e na cabeça. Por
causas ainda não bem explicadas, alguns cristãos do passado receberam no
próprio corpo, todos ou alguns sinais da crucificação do Cristo. Por exemplo:
São Francisco de Assis recebeu todos os sinais e Santa Rita de Cássia, um só
dos espinhos lhe marcou a testa. Com Chico ocorreu que a coroa de espinhos
marcou a cabeça dele por inteiro. Na verdade, a coroa de espinhos era um
capacete que cobria toda a nuca, tendo produzido, na flagelação do Cristo, uma
grande quantidade de perfurações. Esse fenômeno, que tem implicações com a
mediunidade de incorporação, obrigou-o a usar boinas, gorros e, depois,
perucas. Chico procurou de todas as formas ocultar os sinais, somente
observados na velhice, quando não mais podia locomover-se livremente, e foram
enfim, observados pelas caridosas irmãs que banhavam o corpo do médium já muito
debilitado pela idade avançada.
Outro detalhe
curioso: foi só após o recebimento dos estigmas que Chico forneceu o “retrato
falado” de Nossa Senhora a um artista. Diversas cópias da belíssima oleografia
foram fartamente distribuídas no meio espírita. Quando se referia a Jesus, os
olhos de Chico enchiam-se de lágrimas e a voz dele era embargada por forte
emoção. Após a estigmatização, Chico passou a exalar penetrante aroma de rosas
até o fim de seus dias. A presença de Chico Xavier, no século XX, marca para a
humanidade o início da “Era do Espírito”, que alterará, para melhor e por
completo, a vida no Planeta no decorrer desse terceiro milênio.
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