Segundo o espírito
psiquiatra Inácio Ferreira, no livro “Diálogos com Inácio Ferreira”,
psicografado por Carlos Baccelli, “o mal de Alzheimer, assim chamado por ter
sido descrito pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, é uma doença degenerativa
com profundas causas espirituais. A semelhança de outras patologias
psiquiátricas - diria, com maior propriedade, espirituais-, como, por exemplo, a
esquizofrenia, o mal de Alzheimer, cujo gene desencadeante, mais cedo ou tarde,
a Ciência vai terminar por descobrir, tem no espírito a sua origem. Ousaria
dizer, nesta rápida analise, que a referida enfermidade, que, sem duvida, vem,
dia a dia, crescendo nas estatísticas medicas, longe de ser causa de prejuízo
para o espírito reencarnado, surge justamente em seu auxílio neste período
decisivo para todos os que se encontram vinculados à evolução do planeta. Em
maioria, as vitimas do Alzheimer são espíritos vitimados por processos de
auto-obsessão necessitados de ajuste com a consciência em níveis que nos escapam
a qualquer tentativa de apreciação imediata. Não fosse assim, não se
justificaria que o espírito reencarnado, por vezes, permanecesse no corpo com as
suas faculdades intelectuais suspensas por tempo indeterminado - muitos
enfrentam tal prova por mais de 10, 15 ou 20 anos! -, quais mortos-vivos cuja
existência carnal parece ter perdido o sentido. Não vamos aqui trazer a baila a
questão das provas compartilhadas com os seus demais familiares consanguíneos,
mesmo porque, infelizmente, tais familiares (existem exceções) costumam se
livrar dos parentes atacados pelo Alzheimer, confiando-os aos cuidados de uma
clinica ou, simplesmente, trancafiando-os num dos cômodos isolados da casa,
insensibilizando-se. O objetivo, porem, destas nossas considerações, que muitos
amigos vem nos solicitando, é dizer que o doente, total ou parcialmente,
desmemoriado, está entregue a si mesmo para um ajuste de contas com o
cristalizado personalismo de outras eras - às vezes, não tão distante assim -,
com o seu despotismo inconsciente, com o seu excessivo moralismo. Temos, neste
Outro Lado da Vida, tido a oportunidade de acompanhar a muitos que se retiram do
corpo, pela desencarnação que, sem que sejam considerados insanos, se mostram
completamente alheios a si mesmos, esquecidos do que foram e do que são, a
mercê de reencarnações a distancia das situações socioeconômico-culturais,
inclusive religiosas, em que se perderam do Cristo! Estes espíritos, por ação da
Misericórdia Divina, mergulhados num esquecimento, que não é o provocado pelo
choque biológico da reencarnação, antes que, em definitivo, entrem na lista dos
desterrados, terão oportunidade de recomeçar alhures, com a mente não mais
obsessivamente fixada nas ideias equivocadas que vêm ruminando a muitas
existências, vivendo num circulo vicioso difícil de ser rompido. Portanto, a
nosso ver, o Alzheimer, é uma doença-auxiliar do espírito, que se,
aparentemente, o desmorona intelectualmente, o faz ressurgir dos escombros de si
mesmo com uma nova perspectiva existencial. Bênção diante do qual, alguns
lustros de alienação do espírito, mergulhado em semelhante processo de
reconstrução intima, nada significam”.
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