Indagavas quanto ao grande
porvir.
A Doutrina Espírita
sossegou-te as ânsias, explicando que te encontra a provisoriamente no mundo, a
serviço do próprio burilamento, para a imortalidade vitoriosa.
Perguntavas sobre os
amargos desajustes entre corpo e alma, quando a enfermidade ou a mutilação
aparece.
A Doutrina Espírita
asserenou-te a aflitiva contenda intima, explicando que a individualidade eterna
se utiliza, temporariamente, de um corpo imperfeito, como alguém que se vale de
instrumento determinado para determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
Inquirias com respeito à
finalidade dos problemas domésticos.
A Doutrina Espírita
harmonizou-te o pensamento, explicando que o lar é instituto de regeneração e de
amor, onde retomas a convivência dos amigos e dos desafetos das existências
passadas para a construção do futuro melhor.
Interrogavas em torno dos
entes amados, além do tumulo.
A Doutrina Espírita
dissipou-te as duvidas, explicando que o sepulcro não é o fim, tanto quanto o
berço não é o princípio, e que toda criatura, ao desenfaixar-se dos laços
físicos, prossegue na marcha de aprimoramento e ascensão do ponto evolutivo em
que se achava na Terra.
Interpelavas o campo
religioso a cerca da Justiça divina.
A Doutrina Espírita
suprimiu-te a inquietação, explicando que Deus não concede privilégios e que, em
qualquer estância do Universo, a alma recebe, inelutavelmente, da vida o bem ou
o mal que dá de si própria.
Torturavas a mente, qual se
devesse respirar em cárcere de mistério, toda vez que cogitavas das questões
transcendentes da fé.
A Doutrina Espírita
acalmou-te, explicando que ninguém pode violentar os outros em matéria de
crença, acentuando, porém, que toda fé, para nutrir-se de luz, deve ser
raciocinada em base de lógicas, porquanto, diante das Leis divinas, cada
consciência é responsável pelos próprios destinos.
É necessário valorizar a
doutrina que generosamente nos valoriza. Sustentar-lhe a integridade e a pureza
perante Jesus, que a chancela, é procurar o nosso aperfeiçoamento e trabalhar
por nossa união.
Transcrito do livro “Justiça Divina”, pelo
espírito Emmanuel e psicografado por Chico Xavier, capítulo 5. Esta obra
desdobra o livro “O Céu e o Inferno”, de Allan
Kardec.
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