“O fardo parece mais leve
quando olhamos para o alto do que quando curvamos a fronte para a
terra.”
“O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.
IX, item 7.
A depressão, que
acomete tanta gente no mundo todo, é um estado patológico do espírito que se
rende à desesperança.
O homem apático, na
maioria das vezes, é excessivamente introspectivo, alguém que, compelido por
esta ou aquela questão de origem íntima, se torna inacessível aos apelos
renovadores da Vida.
A tendência de se
olhar apenas para o que é negativo é próprio de quem mentalmente não se vincula,
com a frequência desejada, ao Supremo Poder que faz as bênçãos serem muito mais
numerosas do que as dores.
As alegrias
cotidianas da criatura encarnada superam, sem dúvida, as suas desventuras
esparsas...
No entanto, quase
sempre lhe basta diminuto aborrecimento para que se renda à melancolia,
entregando-se às sugestões do fracasso.
Caminhando sob o
peso do fardo que lhe curva a fronte para a terra, deve o homem alçar-se ao
Infinito, valendo-se de sua inabalável confiança em
Deus.
Não há problema que
perdure para sempre. Toda dificuldade é transitória e desaparece, após ter
cumprido o seu papel no aprendizado de quem a
vivencia.
Estados de depressão
que se cronificam transferem-se com o espírito para as regiões do Mundo
Espiritual e, para deles se liberar, ninguém se esquivará ao confronto com a sua
realidade, na análise sincera de suas tendências e
preferências.
O trabalho no Bem é
a melhor terapia contra a angústia existencial que avassala a alma, anulando-a
em suas possibilidades de progresso...
Descentrar-se,
esquecer-se nas tarefas de amor aos semelhantes, eis a prescrição eficaz para
que, com o indispensável auxílio do tempo, semelhante quadro depressivo se
reverta.
Essa calamidade
moral da alma – a depressão – deve ser combatida, pois, não apenas com os
recursos farmacológicos da Medicina, mas, sobretudo, com a terapêutica do
Evangelho, que, sob a orientação do Divino Médico, harmoniza o homem com a sua
própria consciência!...
Transcrito do livro “Pedi e Obtereis”, do espírito Irmão José
e psicografado
por Carlos Baccelli.
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